Vaquejada
História: Eram as
pegas de gado, que originalmente aconteciam no Rio Grande do Norte. Montados em
seus cavalos, vestidos com gibões de couro, estes bravos vaqueiros se
embrenhavam na mata cerrada em busca dos bois, fazendo malabarismos para
escaparem dos arranhões de espinhos e pontas de galhos secos. Alguns animais se
reproduziam no mato. Os filhotes eram selvagens por nunca terem mantido contato
com seres humanos, e eram esses animais os mais difíceis de serem capturados.
Mesmo assim, os bravos vaqueiros perseguiam, laçavam e traziam os bois aos pés
do coronel. Nessa luta, alguns desses homens se destacavam por sua valentia e
habilidade, e foi daí que surgiu a ideia da realização de disputas.1
O Rio Grande do Norte é apontado como o estado que deu o
primeiro passo para a prática da vaquejada. A cidade de Currais Novos é o berço
das vaquejadas, onde a tradição é mantida até os dias atuais. Em Currais Novos
todos os finais de semana tem Vaquejada e é muito comum pátios nas fazendas e
até mesmo na zona urbana.
A evolução da Vaquejada: De 1880 a 1910 : A prática era com a lida do boi, a
apresentação nos sítios e fazendas. Não existia formalmente o termo Vaquejada.
O Brasil vivia um momento de transição da Monarquia para a República. As
músicas de Chiquinha Gonzaga estouravam nas paradas de sucesso.
De 1920 a 1950: A ideia da festa da vaquejada começava a
existir com as brincadeiras de argolas e corridas de pé-de-mourão. Nesse
período, o temido Lampião costumava participar das festinhas com argolas, em
fazendas de amigos. Na época destacavam-se, na música, Noel Rosa, Ari Barroso,
e surgia um garoto chamado Luiz Gonzaga no Brasil republicano, onde brilhou a
estrela de Getúlio Vargas.
De 1960 aos anos 70: Começam a ser disputadas as primeiras
vaquejadas na faixa dos seis metros. Ainda eram eventos de pequeno porte, em
sua maioria festinhas de amigos, com participação mínima de vaqueiros. O Brasil
vivia a época da ditadura. O forró de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Marines e
outros animavam as festas.
De 1980 aos anos 90: Mudanças nas regras da vaquejada. A
faixa dos seis metros, que exigia força do vaqueiro, passou a ser de dez
metros, cuja principal característica é a técnica. Começam a ser distribuídos
prêmios para os competidores, mas o público ainda era pequeno. Época em que o
País inteiro foi às ruas gritar pelas eleições diretas que foram consolidadas
em 1988.
Anos 90 até a atualidade: A vaquejada é encarada como um
grande negócio. Os organizadores começam a cobrar ingressos e o público entende
a proposta. O vaqueiro é reconhecido como um atleta da pista. Nasce um novo
forró com o surgimento de bandas como "Mastruz com Leite". Resultado:
parques lotados e, a cada ano, surgem mais pessoas interessadas pela atividade.
Depois de muito tempo, a vaquejada só tende a crescer como
um bom esporte para o povo nordestino e também para amantes da vaquejada em
outras regiões. O crescimento veio pelo fato da criação das
categorias(aspirante, amador, profissional), fazendo com que a prática desse
esporte se expanda.
Os fazendas de antigamente com o passar do tempo vai se
estruturando de acordo com as atualidades e novas vão se criando. Suas
estruturas, formas de criação dos animais, qualidades são melhoradas para obter
ótimos vaqueiros e animais, que na vaquejada, dão o seu melhor para levar
resultado para sua equipe(Fazenda,Rancho,Haras). Dentre uma pesquisa realizada
em alguns estados encontra-se os seguintes parques e haras de vaquejada com
maiores títulos em disputas pelas regiões brasileiras:
Regras: As disputas são entre várias duplas, que montados em
seus cavalos perseguem pela pista e tentam derrubar o boi na faixa apropriada
para a queda, com dez metros de largura, desenhada na areia da pista com cal.
Cada vaqueiro tem uma função: um é o batedor de esteira, o outro é o puxador.
O Batedor de Esteira: É o encarregado de "tanger" o boi para perto do
derrubador no momento da
disparada dos animais e pegar o rabo do boi e
imediatamente passar para o colega, além de empurrar com as pernas do seu
cavalo, o boi para dentro da faixa caso o boi tente levantar-se fora da faixa.
O Puxador: É o encarregado de puxar o rabo do boi e de derrubá-lo
dentro da faixa apropriada.
O Juiz: O juiz serve como árbitro na disputa entre as duplas e deve
ficar ao alto da faixa onde o boi será derrubado. Ao cair na pista, dependendo
do local, pontos são somados ou não a dupla.
Se o boi for derrubado dentro da faixa apropriada para esse
fim, com as quatro patas para o ar, ele grita para o público: "Valeu
Boi", então, soma-se pontos a dupla, se isso não acontecer, ele fala:
"Zero", a dupla não consegue somar pontos.
Hoje em dia nos temos um evento anual chamado ASSOVARN (
associação de vaqueiros amadores do RN ) este evento são para vaqueiros
amadores ou seja aqueles que são iniciantes ou não são profissionais.